sábado, 16 de março de 2013

Castanha do pará



Uma castanha por dia, não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula,botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais... Uma unidade de castanha-do-pará contém 27 calorias. Fruto de uma enorme castanheira, árvore nativa da Floresta Amazônica, essa noz é superpoderosa. Batizada também de castanha-do-brasil (pois é assim que ficou conhecida país afora), possui nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína, fibras, cálcio, fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o selênio, um mineral altamente antioxidante que garante longevidade.
 
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, afirma que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará eleva em 65% o teor de selênio no sangue. No entanto, as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia.
 
 
 
Castanha do pará, nativa da Floresta Amazônica. A castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil é a semente da castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa emergente da Floresta Amazônica. É um fruto com alto teor calórico e protéico, além di...sso contém o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o recomendam para a prevenção do câncer (cancro).

Atualmente é abundante apenas no Estado do Acre, no norte da Bolívia e no Suriname. Incluída na Lista Vermelha da IUCN como vulnerável, o desmatamento é a ameaça a sua populações.

Nas margens do Tocantins, foi derrubada para a construção de estradas e de uma barragem. No sul do Pará por assentamentos de sem-terra. No Acre e no Pará, a criação de gado provoca sua morte, e a caça das cotias, que são os dispersores de suas sementes.
 
Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.

Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará recentemente rebatizadas castanhas-do- brasil eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito.

A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio.

Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.



E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas fi cam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.

O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.

A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.

Apesar de tudo isso, o badalado selênio deve ser apreciado com moderação. Quando os especialistas recomendam uma castanha diária, é para segui-lo à risca. Acredite: o conselho não é nem um pouco mesquinho. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do nutriente trabalharem de forma adequada, diz Bárbara.

Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação. E o pior: mais cedo ou mais tarde, o exagero rotineiro vai revelar o lado negro da substância. Sim, ele existe: a toxicidade. Ela acontece se a pessoa ingerir mais de 800 microgramas por dia, adverte Silvia Cozzolino. É que o selênio tem efeito cumulativo, emenda Christine Thomson.

Isso não significa que abusar das deliciosas castanhas em uma happy hour com amigos traga grandes ameaças. De vez em quando, dá até para superar a quantidade recomendada. O perigo é comer essas oleaginosas além da conta todo santo dia. Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem. Mas, em geral, quem come dez castanhas hoje não vai se empanturrar delas amanhã, usa a lógica a expert em nutrição Silvia Cozzolino. No máximo, o preço desse pecado será um mau hálito parecido com o bafo de alho acredite!

Não corre o mesmo risco quem comer, vez ou outra, algum prato que leve a castanha na receita até porque, seja doce ou salgado, difi cilmente uma porção reunirá tantas unidades assim. E saiba: nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio. No dia-a-dia, porém, nada melhor do que a praticidade de botar na mochila, no bolso ou na bolsa a sua estrela solitária. É saúde na medida certa!


Para chegar à quantidade de selênio de uma castanha-do-pará (de 5 gramas), você teria que consumir, em média, o equivalente a...

3 filés de frango (100 gramas cada um)
16 pães franceses (50 gramas cada um)
100 copos de leite (200 mililitros por copo)
10 ostras (33 gramas cada uma)
3 latas de sardinha em conserva (130 gramas cada uma


O selênio combate, por exemplo, o envelhecimento das células causado principalmente pelos radicais livres e previne o aparecimento de tumores e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer e esclerose múltipla. A tireoide funciona a pleno vapor na presença do mineral: se não fosse ele, os famosos hormônios fabricados pela glândula não existiriam. Mas não vá com muita sede ao pote: "Como qualquer oleaginosa, essa noz é rica em gorduras. Cerca de 70% de sua composição é de ácidos graxos insaturados, como os ômegas 3 e 6, as chamadas gorduras do bem", explica a nutróloga Cristiane Coelho. Mesmo assim, em excesso, contribui para o aumento de peso. Uma única unidade contém 27 calorias.

Alimento que funciona

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a castanha-do-pará está na lista dos alimentos funcionais. Isso porque, além de nutrir, ela promove benefícios à saúde: o consumo de uma castanha por dia ajuda a combater doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer e obesidade. "O ômega 3 diminui o triglicerídeo, controla a hipertensão (já que favorece o relaxamento dos vasos sanguíneos) e é anti-inflamatório. As vitaminas do complexo B e o magnésio são essenciais para o sistema nervoso, contribuem para diminuir a ansiedade e melhorar o humor e ainda afastam a depressão", conta Cristiane.

Óleo na engrenagem

Atualmente, também é possível encontrar a castanha em óleo, cujas qualidades são as mesmas do fruto. Com gosto suave, é recomendado para temperar saladas ou dar um toque saboroso aos assados e cozidos. "Não aqueça o azeite de castanha. No fogo, suas propriedades vão embora e ele pode ganhar substâncias tóxicas", diz a especialista. Lembre-se: o óleo também tem grande valor calórico e o consumo não deve ultrapassar uma colher de sopa (90 calorias) por refeição.

Guarde bem!

Por causa do alto teor de gordura, a castanhado-pará fica rançosa facilmente. Mantida na geladeira, ela dura cerca de cinco meses. Já em locais arejados e secos, seu sabor é preservado por até três meses.

FONTE

http://saude.abril.com.br/edicoes/0298/nutricao/conteudo_278887.shtml

http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/alimenta-saude/beneficios-consumo-diario-castanha-do-para-656694.shtml

sexta-feira, 15 de março de 2013

Grumixama



Grumixama (Eugenia brasiliensis), ou grumixaba, fruta genuinamente brasileira, natural da mata atlântica, parente próxima da pitanga, que esta mais para jabuticaba (uma prima distante). Fruta com sabor doce e uma leve acidez, os frutos podem ser pretos (mais doces), mas existe também a variedade amarela (menos doces).

A grumixama (Eugenia brasiliensis Lam., família Myrtaceae) é uma árvore brasileira da floresta pluvial da Mata Atlântica, também chamada grumixaba, grumixameira, cumbixaba, ibaporoiti.


Árvore de até 15 m de altura, nativa das matas primárias desde a Bahia até Santa Catarina, em mata aluviais e encontas suaves, é hoje rara. Seus frutos - bagas globosas, de uma ou duas sementes -, além do consumo humano, atraem a avifauna.


Fruto: Arredondados, achatados nas extremidades, com casca lisa, de coloração amarela ou roxo-escura, quase preta, manchada de vermelho na maturação. Polpa suculenta envolvendo 2 sementes esbranquiçadas, frutifica de novembro a janeiro.
Cultivo: Propaga-se por sementes e adapta-se bem em qualquer tipo de clima e solo, resistindo bem a geadas. Possui crescimento rápido. É bastante cultivada para a produção de frutos, saborosos e consumidos principalmente ao natural.

IMPORTÂNCIA MEDICINAL: É uma fruta indicada para benefícios de curar várias doenças, estimulante do apetite, reanimadora, combate males inflamatórios da boca, garganta, intestinos. O fruto é energizante, revitalizante e aumenta a excreção pela urina.

Os beneficios da grumixama estão aqui
http://www.frutasnobrasil.com/beneficios_grumixama.html

fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grumixameira

http://come-se.blogspot.com.br/2011/11/e-hora-de-colher-grumixama.html

Durião


Durião (Durio zibethinus) é uma árvore da família das bombacáceas, muito encontrada no Oriente, a qual produz um fruto espinhoso, semelhante à jaca no aspecto e tamanho e que, apesar de possuir odor repugnante, é considerado pelos orientais um fruto muito delicioso. Suas sementes se torram e comem como castanhas.

O tamanho, a forma e o peso dependem do cultivar. A fruta tem um odor ruim mas a polpa, vendida cortada e dividida em segmentos, envolvidas em plástico-filme, tem gosto de caramelo. Na malásia, é usada em receitas culinárias, sendo cozidas com açúcar ou água de coco. O fruto fresco e maduro é considerado afrodisíaco por todo o sul da Ásia. Suas sementes (assadas) podem ser consumidas também para o mesmo fim. 

Da família das Malvaceae, subfamília Bombacoideae, o Durião é nativo da Malásia e da Indonésia. Embora seja plantada em pequena escala ao longo dos trópicos, a produção comercial está principalmente na Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas, Vietnan, Índia e Austrália. É árvore de grande porte , de tronco reto e folhas alternadas. Entre nós é conhecida como Durião. Nos países de lingua inglesa Durian; Na Espanha durián e na Indonésia, duren, ambetan, kadu.

É rico em cálcio, fósforo, potássio, ferro, vitamina C dentre outros. Habita em clima tropical e cresce melhor em solos férteis, profundos com abundante matéria orgânica. Existem 28 espécies, mas apenas 8 têm frutos comestíveis.

O extrado de folhas, frutos e raízes são usados para reduzir a febre, e no tratamento de icterícia, edema, e doenças de pele. Por exalar um cheiro enauseante, é proibido transportar o fruto em transporte público na Malásia.


O durião é uma fruta trop­i­cal que teve origem no Sud­este Asiático. É tam­bém referido como o “rei das fru­tas”. Emb­ora seja uma fruta deli­ciosa, ela tem um cheiro fétido. O fruto tem uma forma oblonga, com uma espessa a pele espin­hosa marrom-esverdeada. É um dos fru­tos mais pesa­dos ​​disponíveis. O Com­pri­mento do fruto pode se esten­der até 45 cm com um peso de até 15 quilos.

Ela con­tém vit­a­m­i­nas A, B1, B3, B6, C e ácido fólico. O fruto é rico em cál­cio, fós­foro, potás­sio e mag­né­sio. Exis­tem vários min­erais no fruto. É uma rica fonte de pro­teí­nas, gor­duras e fitonu­tri­entes sim­ples. O rico con­teúdo nutri­cional desta fruta garante vários bene­fí­cios à saúde.
Vital­i­dade

Pou­cas fru­tas têm um per­fil nutri­cional tão diver­si­fi­cado como o Rei dos Fru­tos. Ela con­tém várias vit­a­m­i­nas, min­erais, fitonu­tri­entes e pro­teí­nas. Ela tam­bém con­tém uma quan­ti­dade rel­a­ti­va­mente alta de gor­duras. No entanto, essas gor­duras são sim­ples visto que esta fruta tem um valor de coles­terol zero. 

É uma fruta macia e fácil de digerir. Quando comida, rap­i­da­mente revi­tal­iza o corpo. O fruto é um exce­lente com­ple­mento para indi­ví­duos de baixo peso. O fruto tam­bém é con­hecido por aumen­tar a clareza e resistên­cia men­tal. É uma rica fonte de vit­a­m­i­nas B1 e B2, que aux­ilia o organ­ismo a pro­duzir energia.
Mús­cu­los

O Durião é rico em pro­teí­nas de fácil digestão. Isto o torna um exce­lente con­stru­tor mus­cu­lar. Esta fruta é rica em vit­a­m­i­nas B1 e B2, que aju­dam a sus­ten­tar as funções dos músculos.
Digestão

O rei das fru­tas é uma exce­lente fonte de fibra dietética. Isto per­mite uma boa digestão dos ali­men­tos. O durião limpa o trato diges­tivo de tox­i­nas que aju­dam a reduzir o risco de câncer de cólon. As Fibras tam­bém aju­dam a pre­venir a prisão de vente e hemor­rói­das. O durião é uma das pou­cas fru­tas que con­tém vit­a­m­i­nas do grupo B. A Vit­a­m­ina B3 ajuda a man­ter um sis­tema diges­tivo saudável, a Vit­a­m­ina B1 mel­hora o apetite e facilita a pro­dução de ácido clorí­drico no estô­mago. Isto suporta a digestão dos alimentos.

Pro­priedades antioxidantes

O fruto é uma boa fonte de ácido ascór­bico, que tem pro­priedades antiox­i­dantes. Uma porção de 100 gra­mas fornece 20 mg de vit­a­m­ina C. Esta vit­a­m­ina mel­hora a resistên­cia do organ­ismo con­tra infecções e doenças. Ele tam­bém reduz a infla­mação e ajuda a curar as feri­das mais rápido.

Ossos

O durião é uma rica fonte de potás­sio. Este é um nutri­ente essen­cial para ossos saudáveis. Ele evita a perda exces­siva de cál­cio através da excreção de urina. Isso ajuda a preser­var as reser­vas de cál­cio no organ­ismo. Inad­e­quada ingestão de ingestão de cál­cio pode resul­tar em osteo­porose, que é asso­ci­ada com a perda de den­si­dade óssea. O risco de frat­uras aumenta com a osteoporose.

Sangue

O fruto con­tém vários min­erais, incluindo ferro, cobre e potás­sio. O cobre e o ferro são necessários para a pro­dução de célu­las ver­mel­has do sangue. As célu­las desem­pen­ham um papel vital na dis­tribuição de oxigênio pelo corpo. 100 gra­mas de durião fornece cerca de 440 mg de potás­sio. O potás­sio ajuda a reg­u­lar a pressão san­guínea, que mel­hora a saúde car­dio­vas­cu­lar. A fruta tam­bém é rica em man­ganês, que ajuda a reg­u­lar os níveis de açú­car no sangue. O durião é um limpador de sangue excelente

FONTE


as19frutas

wikipedia

i-legumes

sábado, 2 de março de 2013

Tarô, não: é taro. Ou será inhame?


Tarô, não: é taro. Ou será inhame? Em nome do bom entendimento, podemos tentar adotar o taro! Duvido que alguém deixe de comprar taro por não saber a diferença entre cará e inhame. Mas, se a confusão semântica não atrapalha as vendas, o fato é que desde que Pero Vaz de Caminha confundiu mandioca com cará, a que chamou de inhame, produtores, feirantes, cozinheiros, cientistas e tradutores se batem para decifrar quem é quem.

É que o cará, raiz bojuda, marrom, de polpa branca e granulada, do gênero Dioscorea, é chamado de inhame no Norte e Nordeste do Brasil. No restante do País, inhame é o nome do vegetal conhecido internacionalmente como taro, a Colocasia esculenta, planta da família das aráceas, originária da Índia e da Malásia.




FOTO: Felipe Rau/Estadão


Sei que não é fácil mudar o nome popular de um item alimentício, mas em nome do bom entendimento, podemos tentar adotar o taro. E o outro fica sendo cará mesmo ou inhame.

O taro é a base da alimentação tradicional dos havaianos, que utilizam não só os rizomas, mas também os talos e as folhas. Sempre cozidos – afinal, aprendeu-se que o calor reduz seu efeito irritante (leia abaixo), especialmente se a água do cozimento for descartada. Havaianos comem taro na forma de poi, uma pasta feita com o legume cozido e socado em tachos de madeira com mão de pilão feita de pedra esculpida em forma de sino compacto.

Essa pasta pode ser comida fresca, sem sal nem açúcar, ou fermentada. Acompanha carnes e peixes ou é comida pura, como um mingau. Com um processador de alimentos você pode fazer seu poi e comer no café da manhã. É revigorante, gostoso, suave. Para fermentar, é só colocar o purê numa tigela, cobrir com pano e deixar em temperatura ambiente até criar bolhas. Mas eu prefiro o fresco, com mel ou melado.

Já no mundo asiático os pratos com taro são muitos: doces, sopas, refogados, cestas crocantes para saladas, bolinhos fritos e assados, brancos, roxos naturais ou coloridos de azul com flores de ervilha-borboleta. E vários deles servem de inspiração para ousar mais no uso do legume tão bem adaptado entre nós, que usamos mais à sombra das batatas.

Aliás, o taro dura dias em temperatura ambiente, em local fresco. E quando apodrece, vai se encolhendo com dignidade, nunca com aquele exagero da podridão das batatas. Esquecido por algum tempo, quase sempre nos brinda com um broto – é só enfiar na terra e regar para receber novos taros.

Para instigar você a correr comprar taro, deixo três receitas: o bolo de fubá do Vale do Paraíba é quase uma broa rústica, feito com um ovo, pouco açúcar, sem farinha de trigo e sem manteiga, com o taro e sua baba no lugar de mais ovos; uma polenta com pedaços de taro e cebola roxa dourada que serve de entrada, prato único ou aperitivo, frio ou reaquecido no forno com uns pedaços de queijo por cima; e um bolinho frito, o taro dispensando a liga dos ovos, sem leite, sem trigo, o vegetal se bastando. E, tudo bem, vá lá, você pode assar se tiver medo de óleo, mas uma friturinha crocante a cada renúncia de papa não mata.


Taro. Havaianos comem não só as raízes, mas talos e folhas, cozidos.

Aprenda a manusear para ele não pinicar

Já vi gente tomando suco de taro cru para purificar o sangue e desintoxicar o corpo, seja lá o que essas coisas queiram dizer. E há quem recomende ainda dar inhame cru a crianças e interromper se acaso pinicar. É que o taro e outros membros comestíveis da família das aráceas, como a taioba e o mangarito, têm oxalatos de cálcio que podem vir em variadas concentrações e o efeito imediato é como morder uma almofadinha de agulhas.

Algumas pessoas parecem ser mais sensíveis que outras e podem começar a sentir irritação e coceira já nas mãos ao manusear o taro. Cortá-lo embaixo de água ou usar luvas são algumas soluções. Mas, além do oxalato, o taro contém outras substâncias irritantes e a combinação delas pode causar edema na boca, coceira e vômito, evoluindo para mais complicações às vezes.




FONTE

http://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,taro--nao-e-taro-ou-sera-inhame,10000010169