domingo, 24 de julho de 2011

Mais que beleza, cintura fina é questão de saúde


Assisti ao Fantástico e então senti vontade de medir minha cintura. Ufaaaaaaaaa!!! Já posso respirar! 72cm! Lembrei da música "Cintura Fina", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, que dizia assim: "Vem cá cintura fina, [...] Vem cá meu coração!"

Cintura Fina - Jackson do Pandeiro
Composição: Zé Dantas/ Luiz Gonzaga


Minha morena, venha pra cá
Pra dançar xote, se deita em meu cangote
E pode cochilar
Tu es mulher p'ra homem nenhum
Botar defeito, por isso satisfeito
Com você eu vou dançar

Vem cá, cintura fina, cintura de pilão
Cintura de menina, vem cá meu coração

Quando eu abraço essa cintura de pilão
Fico frio, arrepiado, quase morro de paixão
E fecho os olhos quando sinto o teu calor
Pois teu corpo só foi feito p'ros cochilos do amor

P'ra Discontrair!!



Você sabia que a Fita Métrica ganhou tanto ou mais importância que a balança na avaliação da gordura??!!

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 2008, do Ministério da Saúde, mostra que o excesso de peso e a obesidade cresceram entre as mulheres: 43% delas estão acima do peso e 16% são consideradas obesas. Ainda de acordo com a pesquisa, 52,3% das mulheres têm 80 centímetros ou mais de cintura.

O endocrinologista Francisco Marquezine chama a atenção para o principal problema da obesidade, que são os riscos cardiovasculares, com doenças como diabetes, hipertensão e colesterol. Nesta entrevista, ele dá as dicas para ter uma boa saúde e aponta o estresse e o sedentarismo como ''vilões da história''.

Ao que o senhor credita o aumento da obesidade feminina?

São muitos fatores. O mais importante é a entrada da mulher no mercado de trabalho. Aumentou a ansiedade, a correria. A mulher passou a ter uma vida mais sedentária, menos tempo para atividade física e começou a acumular função, já que continua trabalhando em casa.

Na guerra contra a obesidade, as mulheres estão perdendo se comparadas aos homens?

Nesse período sim. Mas o mundo inteiro está engordando e estão aumentando as comorbidades, que são a hipertensão, a diabetes. E não é só aqui, todos os países estão engordando. Os pobres e os ricos.

Qual a diferença entre excesso de peso e obesidade?

Isso é medido em índice de massa corpórea, em que é dividido o peso pelo quadrado da altura. O normal é de 18 a 25 e vale para quase todas as pessoas. Às vezes vai falsear em pessoas muito magras, sem músculos ou as pessoas com excesso de massa muscular. Quando está em 25 e 30, chamamos de sobrepeso e acima de 30 é obesidade.

Em termos de saúde, qual a diferença?

O risco de doenças cardiológicas aumenta muito. No início do sobrepeso, quando se tem 26, os números não mostram muita diferença, mas quando vai para 27, 30 e a obesidade mórbida (acima de 40), os números pioram. São os grandes obesos, que desenvolvem maior risco de hipertensão, diabetes, infarto, problema vascular, problemas de coluna. É um quadro muito sério, de onde surgiram as cirurgias de redução de estômago.

O teste da medida da cintura, é válido?

A célula de gordura, chamada adipósito, não é só um depósito de gordura como se pensava, é uma célula viva, ativa, que secreta substâncias. Essas substâncias têm ação geralmente maléficas para o organismo. Elas aumentam a pressão arterial, diminuem a sensibilidade à insulina, aumentando o risco de diabetes. Se aumenta o colesterol ruim, diminui o colesterol bom, e tende a aumentar o triglicérides.

Hoje, a fita métrica ganhou tanto ou mais importância que a balança na avaliação da gordura. A balança pesa tudo, a fita mede a gordura visceral. Existe um padrão que nas mulheres brasileiras seria abaixo de 80 centímetros no padrão mais rígido e abaixo de 88 no padrão mais conservador. Uma pesquisa já mostrou que se tem um grande percentual de mulheres acima de 80, em torno de 30%.

É normal as mulheres terem um aumento de peso depois de uma certa faixa etária?

Não existe uma verdade científica, uma obrigatoriedade. O que podemos considerar é que as pessoas poderiam aumentar um quilo a cada década. No emagrecimento é igual ao ganho de peso, funciona por escadinha. É um processo lento. Para ser duradouro, precisamos acostumar com aquilo, precisa mudar hábitos, precisa condicionar essas mudanças.

É exagero só consumir produtos diet e light?

Eu acho esses produtos muito bons, porque diminui a quantidade de calorias. Esse negócio que adoçante faz mal sempre surge. Até hoje não vi nada comprovado que isso exista. Se você puder comer sem açúcar, melhor. Se puder tirar a gordura e usar tudo desnatado, melhor. Isso faz parte da vida moderna.

Os corticóides engordam mesmo?

Esse remédio aumenta o apetite e também retém líquido. Esse nem é o problema, porque o líquido sai quando acabar o efeito da droga. Existem outras substâncias que dão fome. A pílula anticoncepcional por exemplo, a progesterona em algumas pessoas, aumenta o apetite.

Como se ataca a gordura visceral?

Ela é a primeira que sai no emagrecimento. Então, quando você começa a emagrecer, já passa a diminuir o seu risco coronário. Atividade física é a coisa mais importante para a manutenção da saúde e não é levada à sério como deveria. Serve de prevenção das doenças cardiovasculares, como diabetes, hipertensão, colesterol.

Quais os exercícios mais indicados?

O que você gostar de fazer, que faz com prazer, porque isso vai durar. Se você odeia academia não adianta. Vai dançar, vai nadar. Mas é importante que faça.

DICAS PARA TER A CINTURA FINA!

Reduza o consumo de alimentos de difícil digestão como doces, gorduras e frituras, bebidas gasosas, feijão, leite e queijos. Todos contribuem para o aumento de gases, fermentam, causam prisão de ventre e distendem o abdome.

Faça exercícios sempre, pois essa é uma região propensa a armazenar gorduras. Atividades aeróbicas como caminhada e bicicleta devem ser feitas todos os dias; já os abdominais podem ser feitos em dias alternados. O uso de pesos potencializa o resultado, mas deve ser acompanhado por um profissional.

Caminhar diariamente é a melhor maneira de ficar sem barriga e com cintura fina. Não existe exercício mais completo, fácil e barato para este fim!

Beba no mínimo dois litros de água por dia. A água desintoxica o organismo, liberando toxinas e desincha a barriga e a cintura.

Tome líquidos e alimentos diuréticos: tome chá verde, e coma frutas e verduras como melancia, abacaxi e pepino. Acrescente linhaça a sua alimentação.

Diariamente use modeladores na cintura ou corpetes. Use por algumas horas, para modelar sua cintura.

Não use calças de cós baixo e apertado. Use sempre roupas com a cintura mais alta, para não deformar seu corpo e sempre manter uma boa cintura.

Faça massagem modeladora e drenagem linfática pelo menos duas vezes por semana, e peça a esteticista que modele e afine sua cintura com as mãos.

FONTE


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ervas para emagrecer


Emagrecer não me parece algo tão fácil, mas também não é impossível. Eu já fiz das dietas mais loucas as mais comportadas. Resultados??!! Avaliando criteriosamente eu reconheço que só alcancei o peso desejado quando coloquei minha saúde em primeiro lugar e apostei numa dieta equilibrada, aliada a exercícios... e tudo mais que todo mundo fala, sabe e poucos fazem. Acrescentei ao meu dia granola, aveias, chás, linhaça, gergelin. Diminui o consumo de açúcar, sal, frituras, massas. E tantas outras coisinhas que pra mim tem dado certo. De modo que acredito que cada um deve encontrar o seu ritmo em busca de uma vida mais saudável.

DICAS:
Você pode ingerir ervas medicinais para emagrecer, já que com ervas você pode fazer seu metabolismo acelerar, pode diminuir a ansiedade... as ervas agem como diurético e até mesmo regulam o intestino.

"Algumas plantas e ervas são vistas como uma alternativa para quem quer perder peso e, de fato, auxiliam no emagrecimento, mas como coadjuvantes. Elas não fazem milagres. A atividade física, a reeducação alimentar e a redução do estresse e ansiedade devem ser sempre privilegiadas", afirma o endocrinologista Flávio Madruga, especialista ortomolecular e membro da Associação Brasileira de Nutrologia e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.

E as tais pilulas mágicas?! Hoje, os anúncios de "emagreça sem esforço", "perca peso sem fazer dieta" e "fique magra em poucas semanas" são cada vez mais comuns e tentadores. De fato, há substâncias fitoterápicas que podem ajudar na perda de peso, que, inclusive, estão sendo muito difundidas e comercializadas em forma de cápsulas. Com acompanhamento adequado e doses certas, os fitoterápicos podem ajudar no emagrecimento, aliados a mudanças de hábitos necessárias.

Os fitoterápicos são remédios elaborados a partir dos extratos de plantas consideradas como medicinais. O uso de plantas no tratamento de doenças é muito antigo e aparece em diferentes sociedades de forma independente. Na China, por exemplo, surgiu cerca de 3.000 anos antes de Cristo, com a descrição dos efeitos terapêuticos do ginseng e da cânfora, pelo imperador Cho-Chin-Kei.

Apesar de muito antigo, apenas nos dias atuais a fitoterapia adquiriu caráter científico, com estudos e pesquisas que comprovam o uso dos extratos de planta na cura de doenças. Em muitos casos, plantas conhecidas tradicionalmente como medicinais não tiveram seu efeito comprovado.

Em outros casos, os fitoterápicos tiveram resultados cientificamente comprovados. E muitos deles podem ser usados na perda de peso e obesidade.

O ganho de peso se justifica por vários fatores: alimentação inadequada, estresse, mau funcionamento hormonal, inflamação, sedentarismo, depressão, entre outros. Nesses casos, o uso de fitoterápicos pode combater um ou mais fatores, colaborando com o emagrecimento.

A maioria das plantas (ou substâncias) abaixo não são tão conhecidas. Prometemos, com o tempo, escrever sobre estas plantas e como utilizá-las eficientemente. As dicas são de A Nutricionista.

  • Plantas que ajudam a emagrecer
Chá verde (Camellia Sinensis): estimula a queima de calorias e a oxidação de gorduras, além de funcionar como antioxidante e antiinflamatório.

Porangaba (Cordia salicifolia): ajuda na redução do apetite e age como redutor de gorduras localizadas.

Garcínia (Garcinia cambogia): acelera a queima de calorias e evita o acúmulo de goduras no sangue. Além disso, diminui o apetite e, principalmente, a compulsão por doces.

Gymnema (Gymnema sylvestre): também reduz a vontade de comer doces, porque retarda a absorção do açúcar pelo sangue. O ácido gimênico, componeten da gymnema, acelera o metabolismo, favorecendo a queima de calorias.

Caralluma fimbriata: assim como as outras plantas, atua principalmente na redução do apetite, pois funciona como falso mensageiro cerebral de saciedade. Alguns pesquisadores afirmam também que a caralluma tem importante efeito na redução da circunferência da cintura.

  • Substâncias que ajudam a emagrecer

Citrus aurantium: é extraído da laranja amarga e funciona como um ativador natural do metabolismo, pois estimula produção de adrenalina. Além de facilitar a perda de peso, também tem efeitos diuréticos e desintoxicantes.

Cassialamina: sua principal função é inibir a digestão de gorduras. Além disso, reduz a pressão sangúinea e os níveis de colesterol.

Faseolamina: é uma substância extraída do feijão branco, e age, principalmente, na inibição da absorção de carboidratos, presentes em massas, pães, batatas e arroz.

  • Cuidados e precauções
Os fitoterápicos são remédios e seu uso deve ser prescrito por um profissional;

Para haver uma perda de peso saudável, é preciso aliar o uso dos fitoterápicos com uma dieta equilibrada e a prática de exercício físico;

O uso dos fitoterápicos não é recomendado à pessoas hipertensas ou com sensibilidade à cafeina;

A Anvisa regula a produção de fitoterápicos no Brasil. Por isso, verifique sempre a origem dos remédios fitoterápicos antes de usá-los.

Confira abaixo então uma lista de ervas medicinais para emagrecer, com elas você irá emagrecer de maneira saudável.

Salsaparrilha (Smilax sp
Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
Capim-limão (Cymbopogon citratus)
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Carqueja (Bacchris trimera Less)
Gengibre (Zingiber officinale)
Guaçatonga (Casearia sylvestris)
Laranja-da-terra (Citrus aurantium)
Sete-sangrias (Cuphea balsamona)
Cavalinha (Equisetum arvense)
Hamamélis (Hamamelis virginiana)
Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum):
Hibisco (Hibiscus sabdariffa)
Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana)
Zedoária (Curcuma zedoaria)
Psilium (Plantago psyllium)
Fucus (Fucus vesiculosus)
Hortelã (Mentha piperita):
Camomila (Matricaria chamomile)
Melissa (Melissa officinalis)
Jasmim (Jasminum officinalis)
Mulungu (Erythrina mulungu)
Aniz (Pimpinella anisum)
Alfafa (Medicago sativa)
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)
Bardana (Arctium lappa)
Malva (Malva sylvestris)
Sene (Cassia angustifolia)
Chá emagrecedor 7 ervas, composto de espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)
Chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus)
Carqueja (Baccharis genistelloides)
Jurubeba (Solanuma paniculatum)
Abacateiro (Persea americana)
Cavalinha (Equisetum arvense)
Bugre (Cordia salicifolia)
Boldo do Chile...

FONTE

Ervas para emagrecer - Receita Natural

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Crise na medicina

“A ciência médica fez tanto progresso
nas últimas décadas, que hoje, praticamente,
não existe mais nenhuma pessoa sadia!"

Esta frase de Aldous Huxley combina bem com aquilo que gostaria de expor. Estamos hoje diante de um fato estranho: mais e mais pessoas adoecem de mais e mais doenças. Fala-se abertamente de uma crise na medicina. A medicina acadêmica — por incrível que pareça — não se preocupa com as causas das doenças: deixa a doença aparecer e trata dela, investindo uma fortuna. Só trata dos sintomas. Porém, a verdadeira cura só é possível quando nos preocupamos com as causas.

Se alguém tem uma doença no joelho, o joelho não é a causa; a causa pode ter sido uma queda. Quando alguém tem uma doença mental, a mente não é a causa; a causa pode ser o estresse. A causa não é o fígado, não é a tiróide. A doença se desenvolve no fígado ou na tiróide, mas a causa é anterior.

Quando o doente quer saber a causa do seu mal-estar, pode escutar do médico: “São problemas de circulação”. O doente nem percebe que seus problemas de circulação, na realidade, são um sintoma de doença. Ele deveria perguntar: “De onde vêm os problemas de circulação?

Outras vezes o doente ouve: “Isso vem do fígado” ou “Isso vem da tiróide, da coluna, dos hormônios, do sistema nervoso”. O doente aceita tudo.

O doente quase sempre sofre de uma única doença. Mas essa doença se manifesta através de muitos sintomas que ele conta para o médico. Como o médico não conhece as causas, prescreve um medicamento para cada sintoma. Mas cada sintoma é um sinal de perigo. Imagine se a estrada de ferro desligasse todos os sinais para deixar o trem passar — quantos acidentes! É isso, em princípio, o que a medicina faz hoje.

O doente chega com um saquinho, uma sacola ou até com uma mala inteira e espalha diante de mim os seus remédios. Diz: “Isto aqui é para a pressão; isto é para o sono; isto é para o coração; isto é para a circulação; isto é para a prisão de ventre! ... ’’ — para cada sintoma ele tem um remédio especial. Existem doentes que, diariamente, tomam 30 medicamentos diferentes.

Eu pergunto: “Há quanto tempo está tomando isto?”
— “Bem, este eu tomo há 5 anos; isto aqui o médico me receitou faz oito anos; e este eu preciso tomar sempre.” É um absurdo tomar o mesmo remédio, ano após ano.
Sempre pergunto: “O remédio ajudou?”
— “Acho que não, continuo na mesma!
Então eu digo: “Jogue fora.

Por outro lado, se o medicamento já fez efeito, por que devemos continuar tomando? Imaginem alguém com pneumonia. Ele recebeu penicilina e sarou, mas continua tomando penicilina durante anos a fio, com medo de ficar com nova pneumonia.
  • O enfarte do miocárdio
Veja o que acontece, por exemplo, no enfarte do miocárdio. Para ocorrer um enfarte, são necessários cerca de 40 anos de má alimentação que, pouco a pouco, provoca depósitos na parede dos vasos que irrigam o coração. Quem não conhece esta causa real apresenta uma série de causas aparentes.

Dizem que o enfarte é provocado por pressão alta. A pressão alta não é uma causa. A pressão alta tem uma causa. Pode ser causada por alimentação errada. Também pode ser provocada pelo tipo de vida que a pessoa leva. Nesse caso, é necessário ajudar o doente a diminuir o seu estresse. A pressão é um sintoma e não uma causa.

Outros dizem que a causa do enfarte é o excesso de colesterol no sangue. O colesterol é vital e, quando a pessoa não recebe colesterol pela alimentação, o próprio organismo produz. Uma indústria alimentícia conseguiu, em poucos anos, levar o povo alemão a deixar a manteiga para consumir margarina, um produto industrializado, inferior: “A manteiga é perigosa, contém colesterol e o colesterol provoca doença", afirmava a indústria.

Os médicos deveriam dizer: “Isto é besteira!" Mas, como na faculdade de medicina pouco se aprende sobre nutrição, eles ignoram a realidade e até hoje encontramos, em bons hospitais, margarina em vez de manteiga.

Outros assinalam que muitos diabéticos têm enfarte. Isso é verdade. Foi comprovado que, após 10 anos de diabete, aparece uma arteriosclerose. A arteriosclerose, porém, nada tem a ver com a diabete. Aparece em decorrência do tratamento errado. Dizem ao doente: “Você não deve comer carboidratos, mas bastante carne”. Assim, a arteriosclerose é provocada por um excesso de proteína animal e não pela glicose no sangue.

A falta de exercícios também é vista como causa do enfarte. A falta de exercício não provoca o enfarte, mas um belo impulso econômico. Vendem-se mais bicicletas, tênis e trajes esportivos. É claro que as pessoas precisam fazer exercícios, mas quando se alimentam errado, a falta de nutrientes não pode ser compensada com uma corrida.

Outros ainda culpam o fumo. Porém, fumar não causa enfarte. A nicotina provoca uma série de danos no organismo. Mas, quando a pessoa se alimenta direito e não há depósitos nos vasos do coração, ela pode fumar e não vai ter enfarte. Entretanto, quando a pessoa se alimenta de forma errada, o fumo é um fator agravante. O estreitamento provocado por ele pode diminuir o vaso já reduzido pelos depósitos a ponto de ocorrer o enfarte.

Finalmente, dizem que o enfarte pode ser provocado pelo estresse— por uma carga emocional excessiva. Não é verdade! Se os vasos estiverem perfeitos, o choque não vai ser suficiente para levar ao enfarte. É preciso que a pessoa tenha se alimentado mal durante 30 ou 40 anos para que os vasos estejam tão alterados que um choque emocional vá desencadear o enfarte.

Esses são alguns exemplos que mostram as acrobacias mentais necessárias na medicina acadêmica quando as causas das doenças são desconhecidas. Passaram a dizer: “É verdade, tudo isso não são causas, são fatores de risco".

  • Começamos pela alimentação
Em cada doença podemos encontrar um elemento relacionado com a alimentação. Mas a doença também está relacionada com a vida do doente. Começamos sempre com a alimentação, porque é mais fácil mudar a alimentação do que as condições de vida. Não podemos trocar, de hoje para amanhã, o cônjuge ou os filhos. Mas podemos comprar alimentos diferentes. Por isso começamos, para qualquer tipo de doença, com as falhas na alimentação. O doente percebe que não estava certo o que vinha fazendo há décadas. Então se dispõe a examinar se também é possível modificar alguma coisa em outras áreas.

Existe um grande problema: as doenças provocadas pela alimentação têm uma evolução muito lenta — de 20 a 40 anos. Podemos nos alimentar de forma errada durante muito tempo, sem nada perceber. Aparentemente bem. O longo período entre causa e efeito encobre o relacionamento entre alimentação e doença.

Há uma exceção: a cárie dental. Na boca é possível ver, relativamente depressa, se a pessoa se alimenta direito. Hoje, quase todas as crianças de 10 anos já têm cáries. Isto é uma degeneração do homem civilizado que também afeta os demais órgãos.

As doenças da civilização, provocadas pela má alimentação, têm todas a mesma causa — o consumo de alimentos industrializados.

Vou enumerar as doenças comprovadamente provocadas pela falta de alimentação adequada:
  • nos dentes temos a cárie e, 20 anos mais tarde, aparece a paradontose;
  • ao mesmo tempo, temos as doenças do aparelho locomotor: doenças degenerativas como artrose, espondilose na coluna vertebral e doenças inflamatórias como artrite e poliartrite. Não encontramos nenhuma pessoa com doença do aparelho locomotor que não tenha, simultaneamente, cáries ou paradontose;
  • a seguir, temos as doenças do metabolismo. Muitas das assim chamadas ‘‘doenças do fígado’’ aparecem quando este não consegue realizar o seu trabalho, por falta de determinados nutrientes. Quando acrescentamos esses nutrientes, em poucos meses o fígado funciona perfeitamente, apesar do doente ter ouvido: ‘‘Vai ter uma cirrose, não há mais nada a fazer!’’As doenças do metabolismo incluem os cálculos biliares e renais, a gota, a diabete e a obesidade. A obesidade não é provocada por excesso de alimentação. A gordura não se transforma em gordura dentro do corpo humano. Ocorre uma transformação. A obesidade é provocada pela carência de certos elementos vitais. A rigor, trata-se de uma desnutrição. Quando se alimenta de forma correta, o doente pode comer bastante e, mesmo assim, perder peso, porque a doença está melhorando;
  • a maioria das doenças do aparelho digestivo têm sua origem na alimentação: prisão de ventre, doenças da vesícula biliar, do pâncreas, do intestino delgado e grosso;
  • no aparelho circulatório aparece a arteriosclerose, que leva ao enfarte do miocárdio. Ela é provocada por depósitos nos vasos sangüíneos e algo semelhante leva à trombose ou ao derrame cerebral. Todos são distúrbios metabólicos decorrentes de décadas de alimentação errada;
  • a tendência para contrair infecções entra aqui. Os resfriados, por exemplo, não têm nada a ver com o frio, mas com a falta de resistência contra bactérias. A pessoa sadia, com boa defesa imunológica, não adoece. Durante o tratamento alimentar, os pacientes nos dizem: ‘‘Antigamente eu sempre ficava resfriado, mas desde que estou me alimentando de forma diferente, há 2 anos não fico resfriado’’;
  • finalmente, podemos acrescentar 50% dos casos de câncer, para os quais existem muitos outros fatores. Em 1900, para cada 30 óbitos havia 1 caso de câncer. Hoje, temos um caso de câncer em cada 5 óbitos. Isso não pode ser atribuído apenas à alimentação. É decorrente, também, da poluição do meio ambiente, que mata as florestas, os animais e o homem.
Causas das doenças provocadas pela alimentação

De maneira simplificada, podemos dizer que são causadas pela industrialização dos alimentos. Há 100 anos começaram a pesquisar o que realmente ingerimos quando comemos uma batata, uma verdura etc.

Constataram que existem três macro-nutrientes (proteínas, gorduras e carboidratos) e concluíram que o homem está bem alimentado quando recebe proteína, gordura e carboidratos em quantidade suficiente. Assim, a indústria alimentícia começou a criar alimentos concentrados.

Para digerir os macro-nutrientes, precisamos de elementos vitais biológicos. Todos os alimentos que estão vivos na natureza contêm esses elementos vitais. Primeiro descobriram as vitaminas e os sais minerais. Começaram, então, a incluir na alimentação vitaminas produzidas em laboratório. Mas existem muitos elementos vitais que não conhecemos e não podemos substituí-los por um produto de laboratório.

Vou explicar a industrialização dos alimentos tomando o pão como exemplo. Antigamente, o pão era produzido de grãos integrais, moídos. Quando os cientistas disseram que a parte essencial do grão era o miolo — um carboidrato — começaram a eliminar o farelo e o germe para moer apenas o miolo. Aí surgia a farinha branca. Hoje, o arroz e outros cereais também são alterados dessa forma, eliminando os elementos vitais que estão no farelo e no germe.

A conservação é outro motivo para alterar os cereais. Com a aparição das grandes cidades era importante ter uma farinha que não deteriorasse. Quando moemos o grão inteiro, a farinha facilmente fica rançosa porque o germe contém óleo. Produzir farinha que pode ser guardada durante vários anos foi considerada uma descoberta incrível, um progresso enorme. Por isso, todos os moinhos têm hoje um dispositivo que elimina o farelo e o germe, moendo apenas o miolo. É essa descoberta que representa o nascimento das doenças da civilização, provocadas pela má alimentação.

Outra causa dessas doenças é o açúcar industrializado, em todas as suas formas (açúcar branco, frutose, glicose etc.). O açúcar também é um carboidrato.

Para serem transformados dentro do organismo, os carboidratos precisam principalmente de vitamina B1. Os fornecedores principais desta vitamina são os cereais integrais. Quando beneficiamos os cereais, retirando as camadas externas do grão, eliminamos a vitamina B1. O consumo de farinha branca e arroz branco provoca uma carência crônica de vitamina B1. A combinação de cereais refinados e açúcar branco agrava esta carência perigosa de vitamina B1 porque o açúcar branco também utiliza vitamina B1 na sua transformação.

Prevenir as doenças provocadas pela alimentação é relativamente fácil: em vez de arroz branco e farinha branca precisamos usar alimentos integrais. Como o pão integral é aquecido, alguns elementos vitais se perdem. Para compensar esta perda, adicionamos algum cereal cru — inteiro, moído ou germinado — à salada de frutas ou hortaliças.

Para suprir o organismo com os elementos vitais, não faz sentido comprar um muesli pronto, industrializado. É preciso preparar a refeição com cereais crus e frescos.

Muitas pessoas não suportam bem a mudança para pão integral e produtos de farinha integral — por causa do açúcar industrializado. Estudos mostram que, ao passar para produtos integrais, os alimentos contendo açúcar refinado provocam indisposição. O açúcar refinado pode provocar mal-estar abdominal, sensação de peso, gases e até dores. Por isso, só podemos mudar a alimentação retirando o açúcar refinado no momento em que passamos para cereais integrais.

Para garantir a presença dos elementos vitais necessários, como vitaminas e enzimas, a comida precisa conter uma boa porção de frutas frescas e hortaliças não aquecidas. Também é preciso evitar as gorduras refinadas e voltar para as naturais, como a manteiga ou os óleos extraídos a frio.

Se as pessoas seguissem estes poucos princípios, dentro de 30 ou 40 anos as doenças teriam diminuído consideravelmente.

Saúde, um problema de informação

Naturalmente, seria necessário informar a população sobre estes fatos. Porém, isso é difícil, porque os médicos sabem pouco sobre a relação entre alimentos e doenças e porque as indústrias alimentícias se tornaram uma potência mundial, que tomou para si a informação da população. Todos nós somos manipulados.

Os grupos que defendem os interesses financeiros estão hoje dentro do governo. Quando é preciso tomar uma decisão em que interesses econômicos se opõem a interesses de saúde, são sempre os interesses econômicos que acabam vencendo. E assim, temos um povo doente.

A cárie dental é um exemplo. Ela é conseqüência pura e simples do consumo de carboidratos refinados (principalmente açúcar branco). Seria necessário esclarecer a população para diminuir o consumo de doces e refrigerantes. Acontece exatamente o contrário. Na televisão, a propaganda oferece, sem parar, informações erradas tipo: ‘‘o organismo precisa de açúcar’’. É claro que o organismo precisa de açúcar, mas não do refinado, pois todos os carboidratos se transformam em açúcar.

A Secretaria de Saúde divulga que é possível diminuir a cárie, escovando melhor os dentes, utilizando pasta de dentes com flúor, tomando comprimidos de flúor ou adicionando flúor à água potável. Mas a cárie não é uma doença provocada pela carência de flúor. Toda essa manobra procura somente encobrir o açúcar refinado como causa da cárie. Nos debates dizem: ‘‘Mesmo se a gente dissesse que existe uma ligação, ninguém iria seguir os conselhos; por isso não dizemos nada!’’ Assim, nossas crianças já recebem flúor desde o nascimento ‘‘para evitar a cárie’’ e ninguém divulga que o flúor é um veneno.

Precisamos ser menos ingênuos e procurar nos informar melhor sobre os problemas que estão por trás desta situação. Não se trata de problemas médicos, mas de problemas na política de saúde.

FONTE

terça-feira, 12 de julho de 2011

Inclua as oleaginosas em seu cardápio


Comer aproximadamente 57 gramas de oleaginosas por dia, no lugar de carboidratos, pode ser benéfico para pessoas com diabetes tipo 2, como mostra estudo realizado pela University of Toronto, no Canadá, que será publicado no periódico Diabetes Care. De acordo com os autores do estudo, isso acontece porque esse alimento diminui os níveis de mau colesterol e aumenta o controle do açúcar no sangue.
O estudo envolveu 117 portadores de diabetes, que foram aleatoriamente divididos em três grupos. Um deles ingeriu uma mistura de oleaginosas de, aproximadamente, 56,7 gramas, o segundo, uma versão saudável de muffin e, o terceiro, metade da quantidade de oleaginosas e muffins. Durante os três meses de análise, os pacientes mantiveram as suas medicações de via oral.
O mix de oleaginosas incluiu versões sem sal e, em sua maioria, cruas de amêndoas, pistaches, nozes, avelãs, amendoins, castanhas de caju e macadâmias. Já o muffin usado na pesquisa foi desenvolvido para ser um alimento saudável, feito com trigo integral e adoçado com concentrado de maçã, mas sem adição de açúcares. Os bolinhos tinham teor de proteínas semelhantes às oleaginosas, vindas da adição de clara de ovo e leite em pó desnatado à receita. As calorias provenientes dos ácidos graxos monoinsaturados das oleaginosas foram iguais àquelas que vieram do muffin.
 
Segundo os pesquisadores, depois de três meses, os pacientes cuja dieta incluiu a quantia integral de oleaginosas mostraram melhores resultados, tanto na redução do LDL (considerado o "mau" colesterol) quanto nos níveis de açúcar no sangue, quando comparados aos demais participantes.

Os estudiosos consideram que as oleaginosas são uma importante arma a favor do controle dos níveis de glicose e lipídios no sangue, podendo ser usadas como um reforço na ingestão de proteínas e óleos vegetais na dieta. 
  • Inclua as oleaginosas em seu cardápio
 Estudos já comprovaram que o consumo regular desses alimentos diminui a incidência de doenças cardiovasculares. Veja as qualidades de cada um deles:

Castanha-do-pará: é rica em ômega 3, magnésio e selênio, poderosos antioxidantes. Ajuda a equilibrar os níveis de colesterol, previne diabetes, Mal de Alzheimer, doenças cardíacas e melhora a função cardiovascular. Consumo diário: de 2 a 3 unidades.
  • Oleaginosas amigas do coração
Castanha de caju: fonte de zinco, proteínas, vitamina E e gorduras insaturadas. Potencializa a produção de glóbulos brancos, reduz o colesterol ruim (LDL) e mantém os níveis do colesterol bom (HDL). Consumo diário: 3 unidades.
Avelãs: possui grande concentração de gordura monoinsaturada, o que ajuda a afastar doenças cardíacas. Também é uma excelente fonte de cálcio, eficiente na prevenção da osteoporose. Consumo diário: Até 10 unidades

Amêndoas: têm alta concentração de potássio, fibras, cálcio, vitamina E e gordura monoinsaturada. Também é uma potente fonte de proteína. Possui poucas calorias se comparada a outras oleaginosas. Consumo diário: 10 a 12 unidades.

Nozes: a vitamina E é um dos maiores destaques. Também é rica em zinco, magnésio, vitaminas do complexo B e potássio. Previne contra diversos tipos de câncer, controla a pressão arterial e diminui a vontade de comer doce. Consumo diário: Até 5 unidades.



 FONTE

Contra o estresse, boa alimentação


Uma boa alimentação é aquela que tem todos os alimentos que necessitamos. Deve respeitar as preferências individuais e valorizar os aspectos culturais, econômicos e regionais. Assim, é importante que seja saborosa, colorida e equilibrada.

Uma alimentação saudável é fator importante para a saúde e conseqüentemente para a qualidade de vida das pessoas, pois tem influência no bem estar físico e mental, no equilíbrio emocional, na prevenção de agravos à saúde e no tratamento de pessoas doentes. Portanto, deve ser adequada do ponto de vista nutricional, segura do ponto de vista da ausência de contaminação físico-química ou biológica e não oferecer riscos à saúde.

Alguns nutrientes têm o poder de relaxar a tensão do dia a dia - O estresse atinge cerca de 90% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo especialistas em Nutrição, uma das formas de combater esse mal é comer. Mas é preciso escolher os alimentos certos, que ajudam a aliviar a tensão. Entre eles, os que contêm ‘gorduras boas’, como o abacate.

Pessoas estressadas têm um aumento do nível do hormônio cortisol no sangue, o que desencadeia diversos sintomas, como tensão muscular, cansaço, desânimo e até compulsão alimentar. Segundo a nutricionista do Mundo Verde Thaís Souza, o primeiro passo é combater o aumento excessivo da produção deste hormônio. “As gorduras boas combatem o aumento dos níveis do cortisol. Elas estão presentes em óleos vegetais e no abacate”, afirma.

Outro hormônio relacionado ao estresse é a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar. Para aumentar a produção dele, é preciso consumir ingredientes como quinua, arroz integral, leguminosas (feijão e soja), chocolate amargo, banana e algas.

Uma das atitudes mais comuns em pessoas estressadas é comer muito. Para combater este sintoma — que pode acarretar obesidade, hipertensão e diabetes —, a recomendação é ingerir cereais integrais, frutas e hortaliças.
  • Os sintomas e seus antídotos
CANSAÇO E DESÂNIMO
Para evitá-los, escolha fontes de vitamina B, como sementes de girassol e gergelim. Elas ajudam no fornecimento de energia.

IMUNIDADE BAIXA
Sementes também têm zinco, antioxidante encontrado igualmente em frutas vermelhas, verduras e legumes. Ele combate radicais livres e fortalece o sistema imunológico.

TENSÃO MUSCULAR
O consumo de oleaginosas, como castanhas, nozes, aveia e semente de abóbora, ricas em magnésio, ajudam no relaxamento dos músculos.

INSÔNIA
Chás de camomila, erva doce e cidreira ajudam a relaxar, acalmar e induzir o sono perdido.

COMPULSÃO POR COMER
Alimentos ricos em fibras, como cereais e frutas, dão sensação de saciedade e diminuem o apetite, fazendo a pessoa comer menos.

O que é alimentação saudável?
Para termos uma alimentação equilibrada com todos os nutrientes necessários ao pleno crescimento e desenvolvimento físico e para a manutenção da saúde, é preciso variar os tipos de alimentos, consumindo-os com moderação.

Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são absorvidas pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento.
Existem dois grupos principais de nutrientes:

1. Macronutrientes – são os carboidratos, as proteínas e as gorduras. O organismo precisa deles em maior quantidade.
  • Carboidratos
Fornecem a energia que precisamos para realizar nossas atividades do dia-a-dia, como andar, falar, respirar etc. São exemplos: arroz, açúcar, massas, batata, mandioca, cereais, farinhas e pães.
  • Proteínas
Constroem, “consertam” e mantém o nosso corpo, além de aumentarem a resistência do organismo às infecções. Todos os tecidos do corpo são formados por elas. São os principais componentes dos anticorpos e dos músculos. Quando a quantidade de proteínas adequada não é ingerida, o corpo utiliza a proteína muscular. São elas: animais (carnes bovinas, suína, frango, peixes, miúdos, ovos, leite, iogurtes e queijos) e vegetais (feijão, soja e derivados, castanhas, amendoim, amêndoa).
  • Gorduras
Nos fornecem energia. Algumas vitaminas precisam de gorduras para serem transportadas no nosso organismo. São: manteiga, óleos, azeite de oliva, margarina, gordura animal (presente nas carnes).

2. Micronutrientes – são necessários em pequenas quantidades, embora sejam muito importantes para o nosso organismo. São eles: vitaminas e minerais.
  • Fibras alimentares
São substâncias que estão presentes nos alimentos. São essenciais para manter o bom funcionamento do intestino, para a mucosa intestinal e auxiliam no controle do diabetes e colesterol alto. Estão presentes principalmente nos vegetais (legumes e verduras), nas frutas, grãos integrais e leguminosas (feijões).
  • Para aumentar a quantidade de fibras na dieta, você pode:
Aumentar o consumo de frutas com casca.
Comer vegetais crus, diariamente.
Substituir refrigerantes por sucos de fruta natural.
Incluir feijão, soja, grão-de-bico, ervilha ou lentilha na alimentação diária.
Incluir cereais integrais, como arroz e pão.
  • Água é um nutriente essencial
A água corresponde de 60 a 75% do peso do corpo. O seu consumo é garantido pela ingestão de água potável e ela também está presente na composição dos diferentes alimentos sólidos (principalmente verduras, legumes e frutas) e líquidos (sucos de frutas e vegetais e leite, por exemplo). O ideal é ingerir de 8 a 10 copos por dia.
  • As funções da água são:
Ajudar no bom funcionamento dos rins, coração, intestinos, estômago, fígado e músculos.
Auxiliar na digestão, absorção e excreção.
Regular a temperatura do corpo.
Transportar os nutrientes do intestino para o sangue.

Cada um dos nutrientes tem uma função especial no organismo e são encontrados em diferentes quantidades nos alimentos. A necessidade de nutrientes e de energia proveniente dos alimentos varia de uma pessoa para outra, de acordo com o sexo, a idade, o peso, a altura, a atividade física e a condição de saúde.

Calorias são as quantidades de energia encontrada em cada alimento, que vai ser utilizada pelo corpo para a manutenção de suas funções e atividades. Uma alimentação que fornece mais calorias do que o organismo gasta em suas atividades diárias, pode levar ao excesso de peso e obesidade (acúmulo de gordura no organismo), assim como uma alimentação que fornece menos calorias que o necessário para a manutenção das atividades orgânicas e físicas pode levar à perda de peso (magreza ou desnutrição).

O alimento também é uma fonte de prazer, e isso deve ser levado em conta quando se pensa numa alimentação saudável, resgatando as culturas e valores alimentares, dando preferência aos alimentos regionais e de época.

FONTE

BEM PARANÁ

vitaminas e boa alimentação

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Uso Correto das Plantas Medicinais

A professora Maria das Graças Brandão conversa com a repórter Beatriz Thielmann sob a lente do repórter cinematográfico Júlio Aguiar

Em 2009 o Globo Repórter (Rede Globo) mostrou as novas descobertas da ciência sobre as plantas que curam. O programa contou com o apoio da professora de fitoterapia Maria das Graças Brandão, da Universidade Federal de Minas Gerais, que depois participou de um chat com os internautas onde ensinou a preparar uma infusão, alertou sobre o uso adequado das ervas e citou plantas usadas contra diversos males. Aqui, destaco alguns trechos do chat.

  • Infusão

"Cientistas descobriram que o princípio ativo de grande parte das plantas utilizadas em chás hoje – como hortelã, capim-cidreira, camomila – é o óleo essencial, o cheiro que elas têm. Se você ferver, vai perder todo o princípio ativo. Se você cozinhar essas plantas durante muito tempo, o princípio ativo vai embora e você vai acabar extraindo substâncias que não são adequadas. As plantas com aroma devem ser abafadas ou feitas em infusão. Pegue a quantidade certa de planta, ferva a água separadamente, jogue em cima da planta, tampe e deixe esfriar. Depois, é só coar e beber. Essas plantas não podem ser cozidas."
  • Efeitos colaterais
"As pessoas têm que lembrar sempre que uma planta medicinal está cheia de substâncias químicas na casca, nas folhas, na raiz. Muitas vezes, as pessoas acham que plantas não têm substâncias químicas, só os remédios da farmácia. Mas as plantas também têm substâncias químicas. Quando fazemos um chá, tiramos aquela substância química da folha ou da raiz e tomamos. Se aquela substância for ruim ou não for adequada para o mal, vai ter efeito colateral. Um grande exemplo de planta medicinal que traz uma série de problemas é o confrei. O confrei é uma planta exótica, ou seja, não é nativa do Brasil. Na década de 70, foi muito usado porque as pessoas diziam que servia para curar tudo. Não existe planta que cure tudo. A planta deve ser como qualquer remédio que tem uma indicação terapêutica adequada. Então, na década de 70, as pessoas tomaram chá de confrei, comeram salada de confrei, acreditando que essa planta seria boa para várias doenças. E não foi. Pelo contrário, o confrei tem uma substância química que causa câncer no fígado. Então, é um grande exemplo de planta medicinal que não pode ser ingerida porque vai fazer mal. Além disso, tem a carambola, que se for usada indevidamente pode trazer problemas renais."
  • Pesquise antes de comprar
"Existe uma demanda imensa. Temos uma grande quantidade de plantas maravilhosas usadas como medicamentos que são comercializadas por raizeiros. Muitas espécies foram destruídas e não são mais encontradas. Na Universidade Federal de Minas Gerais, temos uma linha de controle de qualidade de fitoterápicos. Costumamos comprar esse material de feirantes e vendedores de raiz do Brasil inteiro. Não é problema do raizeiro ou dos comerciantes, é realmente difícil encontrar muitas plantas. Eu recomendo que as pessoas busquem informações adequadas antes de comprar. Procurem saber como a planta é – a folha, a raiz, a casca – para não comprarem errado. Eu costumo dizer que comprar planta medicinal é como ir à feira. Nós sabemos exatamente como é um tomate. Planta, não. As pessoas vão comprar e não sabem o que é. Antes de tudo, pesquise bem como é o material que você quer adquirir e procure saber se o comerciante tem. Procure orientação de um especialista, que pode indicar onde conseguir esse material."
  • Chá de caixinha não é fitoterápico
"Não. O chá de caixinha não é fitoterápico. As empresas que produzem chá de caixinha para as pessoas tomarem algo gostoso à noite. É algo mais relacionado à degustação e ao prazer proporcionado por beber um chá. O chá de caixinha não pode ser considerado fitoterápico porque o teor do princípio ativo ali presente é muito baixo. O princípio ativo de muitas plantas aromáticas é o óleo essencial, o cheiro que elas têm. Para fazer o chá de caixinha, eles secam a planta e moem. Nesse processo, na hora que fazem o pó, o princípio ativo que está no cheiro é perdido. No final das contas, o chá que está na prateleira do supermercado não tem a quantidade do princípio ativo adequada para surtir efeito farmacológico. Quando precisar de alguma planta para utilizar como remédio, é melhor procurar um farmacêutico."
  • Acne
"O uso externo do confrei é muito bacana. Essa planta tem um antiinflamatório e uma substância que fecha os poros. O confrei é uma planta que pode ser cozida. A pessoa pode pegar todo dia um pouquinho de folhas de confrei, ferver, deixar esfriar e passar com algodão na pele à noite, antes de dormir. É excelente para pele acneica. Não é bom guardar o chá, porque acaba fermentando e estragando. Além de ser antiinflamatório, é também adstringente. Não pode passar o confrei para ir à escola, tem que ser à noite. Se tiver algum problema alérgico, pare de usar imediatamente e procure um médico."
  • Aftas
"A sálvia é excelente. É uma planta europeia, cultivada em vários locais. Ela tem óleo essencial específico para os microorganismos que acometem a boca. Outra planta boa é a transagem, muito fácil de achar. O cozimento das duas plantas não é recomendado. É preciso fazer infusão: ferver a água separadamente, jogar em cima da planta, deixar esfriar a bochechar. As duas plantas são excelentes para afecções bucais."
  • Depressão
"Existem várias plantas muito usadas como antidepressivo. Uma delas é a erva-de-são-joão. É uma planta da Europa, não tem no Brasil. Medicamentos à base de erva-de-são-joão podem ser encontrados em farmácias, mas precisam de prescrição médica."
  • Hipertensão
"Pressão alta é um problema grave. Os fitoterápicos são mais indicados para problemas mais leves. São o primeiro recurso para doenças mais simples. A hipertensão é um problema mais complicado. Não tenho nenhuma planta para recomendar. Acho que a pessoa deve ter um acompanhamento médico para saber quais são os medicamentos ideais."

Labirintite

"Labirintite é um problema um pouco mais grave. Quem sofre desse mal deve consultar um médico. Existem plantas testadas cientificamente. Uma delas é o gincobiloba, usado no mundo inteiro. Essa planta ela tem vários efeitos nos capilares cerebrais e previne o Alzheimer. É uma planta importante, mas é da China. As pessoas têm que comprar na farmácia e precisam de prescrição médica."
  • Ressaca
"O pessoal que gosta de beber gosta muito de boldo. O boldo tem efeito sobre o fígado e o estômago, principalmente depois da ingestão de bebida alcoólica. O problema é que existem várias espécies de boldo. As pessoas atribuem o nome de boldo a qualquer planta amarga. O boldo verdadeiro, estudado cientificamente, é uma planta do Chile. O boldo não existe no Brasil, temos que comprar na farmácia. Essa planta é realmente ótima, tem uma substância benéfica para o fígado e para funções do estômago. Existem outros tipos de boldo, de espécies que também não são brasileiras. As pessoas dizem que são muito bons. Mas o problema é que o efeito dessas plantas não é totalmente comprovado cientificamente, e elas causam efeitos colaterais. Várias pessoas me falam que o uso desses boldos da horta causa, por exemplo, palpitação no coração. Então, é preciso tomar cuidado, porque uma planta pode ser muito boa para uma coisa, mas causar efeito prejudicial por outro lado. Eu recomendaria boldo-do-chile ao pessoal que gosta de um pinguinha."
  • Mais informações
"As universidades oferecem estudos sobre o assunto. O Rio de Janeiro tem um programa sobre plantas medicinais chamado Transplan. Felizmente, a fitoterapia hoje é de interesse geral. Há vários grupos que dão cursos tanto para leigos quanto para profissionais. Em Minas Gerais, existe o Dataplamt, um banco de dados e amostras de plantas aromáticas, medicinais e tópicas. Nosso objetivo é pegar uma informação popular ou muito técnica e traduzi-la e divulgar de forma que o público possa aproveitar o máximo de informações. As plantas são grandes medicamentos. Nós temos uma riqueza no Brasil que é invejada pelo mundo inteiro. As pessoas falam que os biopiratas roubam nossas plantas. Mas isso acontece porque nós não valorizamos. O próprio brasileiro é responsável pela destruição das florestas. Temos que proteger nossas plantas e incentivar os estudos científicos nessa área."

Os benefícios dos chás medicinais - Hoje Em Dia


Em março/2011 o Hoje Em Dia recebeu a farmacêutica Maria das Graças Lins Brandão, que ensinou as melhores formas de usar os chás medicinais. Apresentação: Natália Guimarães e Hélverte Moreira
Produção: Maísa Caldeira


FONTE

Confrei – Propriedades Medicinais


Symphytum officinale é o nome científico da planta chamada popularmente de confrei. Pertencente à família das Boraginaceae, existem diverasa espécies conhecidas por este nome (ou com variações dele). É uma planta nativa da Europe e conhecida mundialmente por seus poderes medicinais, incluindo o tratamento de feridas e queimaduras, embora não seja muito utilizada em chás por poder ter efeitos tóxicos.

As folhas do confrei são utilizadas desde a antiguidade na preparação de chás para o tratamento caseiro de doenças gastrintestinais, disenterias, inflamações, reumatismos, hemorróidas, tosses e várias outras enfermidades. No entanto, estudos recentes mostram que o uso prolongado da planta pode ser tóxico ao fígado (levando a doença veno-oclusiva hepática e a casos de insuficiência do órgão) e causar o aparecimento de tumores malígnos no fígado, nos brônquios e na bexiga, não sendo recomendado o seu uso por via oral. O confrei pode atingir até um metro de altura. (Fonte: Wikipedia)
  • Nomes Populares:

Confrei
Confrey,
Consólida
Consolda,
Consólida maior,

  • Propriedades:

É adstringente,
antiinflamatória,
calmante,
cicatrizante,
depurativa,
desintoxicante,
emoliente,
expectorante,
hidratante,
laxante,
tônica,

  • Trata problemas
ósseos,
contusões,
cortes,
dores em geral,
feridas,
fraturas,
furúnculos,
hematomas,
icterícia,
luxações,
queimaduras,
reumatismos,

  • Boa para problemas respiratórios como
bronquite,
resfriados em geral,
tosse,
sinusite,
  • Também é útil em casos de
febre,
para pressão arterial,
veias varicosas,

  • Muito boa para a
pele
acnes e espinhas
irritações,
manchas e sardas,
rugas,
rachaduras,
psoríase.

  • Cuidados
Uso externo, apenas: Não ingerir.
Gestantes também deve evitá-lo, assim como pacientes com câncer.

Na década de 1980, o confrei era uma das plantas medicinais mais populares em todo o Brasil. Contudo, pesquisas realizadas na época indicaram que o seu uso interno e prolongado na forma de chá ou outros preparados, pode provocar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios, na bexiga, no estômago e no intestino.

Em 1992, o Ministério da Saúde publicou uma portaria proibindo a prescrição de medicamentos à base de confrei para uso interno.

O seu uso externo tem apresentado eficácia como cicatrizante, antiinflamatório e revitalizador de células. Assim como outros medicamentos, o seu uso deve seguir orientação médica. A planta apresenta alto teor de proteína, alantoína (cicatrizante), alcalóides pirrolizidinicos (princípio tóxico), cálcio, ferro, sais minerais, vitaminas, fósforo, colinas e outros elementos.


Contém extrato de confrei que é um excelente regenerador da pele.
Maiores informações, consulte o SAC: (11)3772-6644

FONTE

RECEITA NATURAL

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vitamina D no combate a Doenças Autoimunes




Vitamina D

A vitamina D é uma denominação genérica para os diversos compostos que possuem a propriedade de prevenir e curar o raquitistmo – os mais importantes são o calciferol (ergosterol ou vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3).

Ela é importante no processo de absorção de cálcio e fósforo do intestino, mineralização, crescimento e reparo dos ossos.

Nos seres humanos, a vitamina D3 é formada na pele, pela ação dos raios ultravioletas da luz solar sobre um elemento (7-deidrocolesterol) presente na epiderme. 

Deficiência de vitamina D:


Nível de cálcio e fósforo no sangue decresce, causando problemas nos ossos – raquitismo nas crianças e osteomalácia (mineralização deficiente dos ossos) nos adultos.

Excesso de vitamina D:

O consumo de altas doses (10 vezes o valor diário recomendado) por vários meses pode causar toxicidade, resultando em nível alto de cálcio no sangue. Pode ocorrer depósito de cálcio pelo organismo, principalmente no rim.


Fontes: 

A vitamina D é encontrada em pequenas quantidades em alimentos animais na forma de colecalciferol (D3). Nenhum vegetal, fruta ou grão contém vitamina D em quantidade detectável. O mesmo acontece com carnes e peixes com baixo teor de gordura.

A vitamina D é estocada no fígado, o que faz com que este órgão seja boa fonte. É encontrada em pequenas quantidades na manteiga, nata, gema de ovo e fígado e em grande quantidade no óleo de fígado de peixes como lambari, bacalhau, arenque e atum. Tanto o leite materno como o de vaca são fontes pobres desta vitamina.

Óleo de peixe - 400 miligramas por colher de chá. 

Gema de ovo - 20 miligramas por unidade

Salmão fresco -100 a 250 miligramas por 100 gramas.

Sardinha e atum - 200-300 miligramas por 100 gramas

Leite de soja - 200 miligramas (um copo ) 

Veja como o sol, principal fonte de vitamina D, pode ajudá-lo a combater o câncer, o diabete e os problemas cardíacos - A gente não cansa de ouvir e ler que a receita para uma vida longa e cheia de saúde deve incluir uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física, sono em dia e cuca fresca... 

Hoje, porém, muito cientista sério acrescentaria a essa lista banhos de sol diários. Nem muito extensos nem muito curtos: bastam 15 minutos para que os raios solares ativem no organismo a produção de uma substância capaz de fortalecer os ossos, deixar as defesas em ponto de bala, preservar a massa cinzenta e garantir que o coração bata forte por anos a fio. 

Trata-se da vitamina D, uma substância que, com tantas qualidades elencadas nos tempos muito recentes, tem despertado o interesse de pesquisadores de várias áreas - de nutricionistas a bioquímicos.

Boas doses de vitamina D são, ainda, sinônimo de peito forte. Isso porque ela controla as contrações do músculo cardíaco, vitais para o bombeamento de sangue. Sem contar que, em níveis desejáveis, mantém a pressão arterial em dia. A razão é simples: inibe lá nos rins a síntese de renina, uma enzima envolvida na secreção de um hormônio que faz a pressão disparar.

Por falar em hormônio, a insulina, que bota o açúcar para dentro das células, é mais uma substância que depende da ação adequada da vitamina D. “Ela estimula o pâncreas a produzi-la”, diz Lígia Martini. De quebra, a vitamina torna a insulina mais sensível ao açúcar. Assim, taxas reduzidas podem estar relacionadas à síndrome metabólica, que engloba hipertensão, obesidade, colesterol ruim elevado e resistência insulínica. 

No caso do câncer, desconfia-se que a vitamina D regule genes vinculados à proliferação celular na mama, no cólon e na próstata. Esse batalhão genético se encarrega de outra missão: induzir o suicídio de células malignas, a apoptose. “A vitamina também comanda genes que inibem a angiogênese, a formação de vasos que alimentam o tumor”, diz Marianna. Ou seja, age contra o câncer em várias frentes. “Em muitos casos, mulheres com câncer de mama apresentam uma dosagem deficiente de vitamina D”, revela a oncologista Maria Aparecida Koike Folgueira, da USP. E talvez não seja mera coincidência. 

O mesmo déficit pode estar por trás de problemas como o Parkinson, que provoca tremores involuntários. Esse elo foi verificado por cientistas da Universidade Emory, nos Estados Unidos. Os portadores do mal tinham uma carência acentuada do nutriente. “A hipótese é que a vitamina D ofereça uma maior proteção aos neurônios ameaçados pelo Parkinson”, conta a neurologista Marly de Albuquerque, da Universidade Federal de São Paulo. 

A falta do nutriente talvez se explique pelo fato de a população se expor cada vez menos ao sol, até mesmo no Brasil. Foi o que mostrou um trabalho da nutricionista Marianna Unger. O estudo avaliou 619 indivíduos considerados saudáveis. “Cerca de 80% deles tinham níveis insuficientes de vitamina D após o inverno”, diz a pesquisadora. “Depois do verão, a proporção de indivíduos com carência caiu para 39,6%, índice muito elevado para um país ensolarado como o nosso.” 

Importante: o medo do câncer de pele não pode servir como desculpa para evitar os raios solares. “Os protetores não impedem que tenhamos uma quantidade adequada de vitamina D”, afirma o dermatologista Marcus Maia, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que demonstrou isso em um trabalho finalista do III Prêmio SAÚDE!, promovido pela Editora Abril. Fica o recado: tem que tomar sol! Sua saúde vai agradecer.


No corpo todo 

Quando foi descoberta, no início do século passado, a vitamina D só era vinculada à saúde dos ossos. Mas hoje os cientistas sabem que há receptores para essa molécula em 31 áreas do corpo humano (veja a lista completa abaixo). E, quando a natureza cria receptores para determinada molécula, é sinal de que ela é realmente importante para a célula

As 31 áreas em que ela atua

• Cartilagens 

• Células produtoras de insulina 

• Cérebro 

• Coração 

• Desenvolvimento do embrião 

• Estômago 

• Fígado 

• Folículo capilar 

• Formação da placenta 

• Funcionamento da musculatura 

• Glândula supra-renal 

• Hipófise 

• Inibidores do câncer 

• Intestino 

• Mamas 

• Medula óssea 

• Ossos 

• Ovários 

• Paratireóide 

• Parótida 

• Pele 

• Próstata 

• Pulmões 

• Retina 

• Rins 

• Sistema imunológico 

• Tecido adiposo 

• Testículos 

• Timo 

• Tireóide 

• Útero 
Depois dos 50… 

...A vitamina D se torna ainda mais fundamental. Isso porque a partir dessa idade os ossos tendem a se desmineralizar em um ritmo acelerado, aumentando o risco de osteoporose. Além disso, o corpo perde massa muscular, o que favorece a ocorrência de quedas e até de certa dificuldade de locomoção. “O problema é que nessa idade a pele tem uma menor capacidade de síntese da vitamina”, diz Rodolfo Herberto Schneider, geriatra da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Por isso, muitos especialistas preconizam doses mais elevadas da substância, prescrevendo, de acordo com o caso, até mesmo a suplementação.

A vitamina D acelera o metabolismo abdominal

Altos índices de vitamina D no organismo

aceleram o metabolismo, reduzem a barriga

e ainda fazem bem à saúde

Que a vitamina D é fundamental para a saúde dos ossos e dos dentes, já se sabia. A substância também está relacionada à prevenção de várias doenças, como diabetes do tipo 1, mal de Parkinson e depressão. A essa lista, soma-se agora uma novidade: o nutriente ajuda a evitar e a combater a obesidade. Uma pesquisa recente da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas com índices mais elevados de vitamina D no organismo afinam com maior facilidade, principalmente, a região abdominal.

Como o nutriente atua na perda da barriga

1. A vitamina D promove o metabolismo da gordura, cortando a produção do hormônio da paratireoide, o que acelera a quebra da gordura pelo fígado. 
2. Depois, a vitamina D seca as gordurinhas - a substância ativa os receptores nas células adiposas, inibindo o seu crescimento. 
3. A supervitamina também reduz o apetite, pois aumenta a quantidade de leptina, hormônio que envia sinais de saciedade ao cérebro. 
4. Por fim, o nutriente ativa a força dos músculos - ele facilita a redução do excesso de gordura no tecido muscular, fator ligado ao aumento da força. 

Além de emagrecer, a vitamina D faz bem à saúde

Além de ajudar na perda de peso, bons níveis do nutriente no organismo mantêm a saúde em dia. Confira alguns benefícios da substância: 

1. Imunidade turbinada 

A vitamina D tem o poder de estimular a atividade das células de defesa no momento em que elas precisam entrar em ação.

2. Maior resistência a vírus 

De acordo com um recente estudo da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, pessoas com altos níveis de vitamina D ficam menos doentes do que as que têm índices baixos. E, quando as vitaminadas adoecem, se recuperam muito mais rápido. Isso porque o nutriente ordena as células brancas a fabricar um tipo de proteína que acaba com a infecção.

3. Sem mal de Parkinson 

Segundo um estudo publicado em julho na revista Archives of Neurology, a vitamina D tem uma ação protetora sobre o cérebro: ela regula os níveis de cálcio, melhora o trabalho dos neurônios e desintoxica as células, diminuindo o risco de desenvolver a doença.

4. Câncer reduzido 

A vitamina D tem influência em muitos dos genes responsáveis pelo crescimento e pela sobrevivência das células malignas. Ela também induz o suicídio das células cancerígenas, chamada de apoptose. Estima-se que o risco de desenvolver câncer de mama caia de 30 a 50% e o de cólon, 50%.

5. Coração mais forte 

Quem tem deficiência em vitamina D, dizem os especialistas, corre um risco 80% maior de entupimento das artérias. Além disso, a substância regula mais de 200 genes e controla as contrações do músculo cardíaco. Os pesquisadores também acreditam que o nutriente esteja relacionado a uma pressão arterial saudável.

6. Amiga da longevidade 

Taxas insuficientes de vitamina D aumentam o risco de morte das mais variadas causas em 26%, em comparação aos indivíduos com altos índices da molécula.

7. Longe do diabetes 

Como a vitamina D estimula a produção de insulina, acredita-se que baixos níveis da substância estejam ligados ao diabetes. Uma nova pesquisa mostrou que as crianças com carência no nutriente têm uma chance 200 vezes maior de desenvolver o diabetes do tipo 1. 

Fundamental para a saúde, a vitamina D pode prevenir inúmeras doenças, inclusive as autoimunes e neurodegenerativas.

Em 1995, foram registrados mais de oito milhões de casos de doenças autoimunes, e nos Estados Unidos, um em cada 31 americanos tinha alguma deficiência de vitamina D.

Em 2010, o número de casos saltou para 30 milhões e um em cada 10 americanos possui essas enfermidades. Ficar exposto ao sol, em média, 20 minutos por dia, é essencial para adquirir essa vitamina. 

Segundo o neurologista e professor do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Cícero Coimbra, que conduz importantes estudos sobre o tema, a maneira mais fácil e eficaz de adquirir essa rica vitamina é tomar sol no início da manhã ou no final da tarde, quando os raios ultravioletas não estão tão fortes.

"É importante ter em mente que o resultado não é o mesmo com o sol do meio-dia, que provoca câncer de pele", orienta o médico. O especialista acrescenta que a quantidade de sol necessária para repor a vitamina depende da idade, da cor da pele e da quantidade de roupa – o ideal é vestir roupas leves, como bermuda e camiseta. 

Existem outras formas de garantir a substância. Alimentos como óleo de peixes, laticínios, gema de ovo, azeite de oliva, cereais integrais e frutas secas têm doses de vitamina D. Suplementos também são uma opção, mas só devem ser consumidos sob orientação médica.

Atualmente, a dose administrada pelos médicos é de 200 UI por dia, quando, na verdade, o ideal seriam 10.000 UI diários, ou seja, 50 vezes mais, segundo o especialista. 

Com o apoio de empresas como a Unimed ABC, por exemplo, Coimbra realiza pesquisas sobre os benefícios da vitamina D nos casos de esclerose múltipla. O especialista afirma que, além da esclerose múltipla, a substância pode prevenir doenças como 17 variedades de câncer, derrame, hipertensão, espondilite, artrite, vitiligo, diabetes, depressão, osteoporose, psicológicas, entre muitas outras. 

"Durante as pesquisas sobre esclerose múltipla, pude perceber que existem três coisas que tornam obrigatória a correção da deficiência. A maioria das pessoas que tem o problema está com níveis de vitamina D inferiores aos da avaliação normal; quanto mais baixo for o nível de vitamina D, mais grave é a doença, e a documentação de no mínimo 5 mil UI de vitamina D já provoca redução de mais de 50% das crises", finaliza Cícero. 

*Cícero Galli Coimbra é graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especialista em medicina interna e neurologia pela mesma instituição, e em neurologia pediátrica pelo Jackson Memorial Hospital da Universidade de Miami, EUA. É mestre e doutor em Neurologia pela Unifesp e pós-doutorado pela Universidade de Lund, Suécia. Hoje, atua como Professor Livre Docente do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Unifesp, onde dirige o Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental. Atua na área de Medicina (Neurologia e Clínica Médica), com ênfase em doenças neurodegenerativas e autoimunes. 

FONTE

MINHA VIDA

SAUDE ABRIL

O SOBRETUDO